terça-feira, 6 de setembro de 2011

Platão




         
Este importante filósofo grego  nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria.O filósofo Platão (c.429-347 a.c.) considerava as artes imitativas como a pintura, a música a poesia e o teatro, um grande erro. Segundo ele, elas não teriam uma finalidade prática, presente somente nas artes não-imitativas, como a arte da guerra ou da fazer  sapatos, por exemplo. Na República de Platão, em que ele descreve uma forma de organização ideal do Estado, não há lugar para as artes imitativas. Ele também as condenava por razões morais. A arte causaria o enfraquecimento moral do indivíduo ao estimular emoções como a auto-piedade, a compaixão, aumentando a emotividade e diminuindo a capacidade racional, considerada a capacidade superior do ser humano, dentro da visão grega.
          Platão julgava que as artes imitativas estavam duplamente afastadas da realidade.  Para ele, o nosso mundo é uma imitação tosca, um simulacro, de um mundo ideal superior, o mundo das ou das Realidades Supremas.
          Platão apresenta no texto três gêneros de narrativas na poesia e na prosa  a imitativa, a narração e a terceira uma combinação entre as duas sendo elas:  A Narrativa Simples que era um discurso indireto onde o autor substitui o que se diz com as próprias palavras. Somente o narrador fala e serve como forma de compreensão do que se passa em um determinado diálogo e é adequada à tragédia e a comédia. A  Narrativa Mimética que é quando cada um fala a sua fala e apresenta um outro personagem, o teatro utiliza de personagens para falar. A Narrativa Mista onde existe o narrador e os personagens falando nessa narrativa
          Para ele a verdade encontra-se em uma única voz, onde o poeta fala por si e não necessita de um personagem para dizer seus pensamentos. O Teatro precisa de personagens para existir, logo, Platão entende que o Teatro não é verdade e não têm nada para dizer. Ele não fará parte da "Cidade Bela".
           Há também uma tradução de suas obras citadas no texto onde Platão encara a tragédia e comédia em um mesmo espetáculo, e chega a concepção por volta do sec. VI a.c. a temática teoria da "alma", e ela nessa época a seguir é compreendida como um segundo ser dentro de um pensamento ou personalidade, foi ai que ele abandona as poesias de Diógenes Laércio e passa a trilhar as filosofias de Sócrates colocando como seu mentor, chegando a acoplar as suas palavras em uma narrativa exemplificada, onde palavras de Sócrates é inserida na "República de Platão".
          A República é um texto que se trata de um diálogo narrado em primeira pessoa, Sócrates onde ele idealiza uma cidade fictícia, e se refere há possibilidade de uma pessoa representar dois gêneros próximo um do outro, e afirma que narrativa é o mesmo que uma imitação dramatizada por quem há representa.  Compreender que no decorrer da obra é imaginada uma república fictícia (a cidade de Calípole, "Cidade Bela"). Onde seus diálogos são centralizados na figura de Sócrates que em primeira pessoa narra A república de Platão, onde o tema central da obra é a justiça.
  Analisando os textos podemos notar que Platão sonhava com uma cidade que fosse a encarnação da justiça, para a compreensão de todo sentimento da natureza humana. Ou seja, Platão centralizava um mundo das idéias, para que estabelecesse um plano onde vivem as verdades absolutas como: o bem, o belo  e o justo. Platão se colocava contra o Teatro, ele defendia um discurso único, monológico, uma verdade única, contra a Narrativa Mimética e a favor da Narrativa Simples.


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